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Craques em resiliência – Os desafios do futebol feminino no Brasil

Pouco a pouco, o clima da Copa Mundo de Futebol vai tomando conta do País. No dia 14 de junho, gostando ou não do esporte, o Brasil inteiro voltará suas atenções para a Rússia, onde, três dias depois, nossa seleção estreia em busca do seu sexto título mundial.

Pode prestar atenção: acompanhar a competição é algo inerente a todos nós como bons brasileiros. Você sabe, por exemplo, quando a seleção brasileira conquistou sua última Copa? Lembra como foi a nossa pior derrota no mundial de 2014? Sabe o nome do atual treinador da seleção?

Pois é. Mas e se eu fizesse essas mesmas pergunta, mas, em vez de falar sobre Neymar e companhia, me referisse a nossa seleção feminina de futebol?

Apesar de nos autoproclamarmos o “País do Futebol”, não dá pra dizer que hoje o esporte é tão inclusivo quanto deveria ser, né?E aliás, como poderia se, por lei, a prática do futebol feminino foi proibida entre os anos de 1941 e 1979, sob a justificativa de que o esporte poderia afetar a nossa fertilidade?

É, mana… Não é de hoje que “decidem” o que podemos ou não fazer com os nossos corpos, não é mesmo?

Bom, mas voltemos a falar do futebol…

Os poucos clubes que mantêm divisões femininas penam para conseguir apoio e patrocínio e, por isso, os campeonatos regionais beiram o amadorismo, cruzando a linha por vários e duradouros períodos.

Mas, apesar disso tudo, temos Marta.

Marta Viera da Silva, uma alagoana de 32 anos, eleita a melhor jogadora de futebol do mundo por cinco vezes consecutivas, um recorde entre mulheres e homens.

Até hoje, Marta é a única mulher a figurar na calçada da fama do Maracanã – o maior templo do futebol nacional –, mas apesar de toda a deferência, seu prestígio não é emprestado a nenhuma de suas companheiras de profissão no país.

Algumas, como Formiga – que, ao lado da jogadora japonesa Homare Sawa, é a jogadora que participou do maior número de copas: seis no total –, até desfrutaram de algum reconhecimento internacional, mas, infelizmente acabam sendo ignoradas pelos torcedores no Brasil.

Pouco se fala, por exemplo, sobre as sete vezes em que o time de futebol feminino ergueu a Copa América, ou as três medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos (incluindo o que foi disputado no Rio de Janeiro, em 2007), entre outros tantos. Quase nada se vê também sobre a preparação das atletas para a Copa do Mundo de Futebol Feminino, que será disputada em 2019, na França.

Neste jogo, considerado predominantemente masculino, as mulheres precisam enfrentar muito mais do que as 11 jogadoras do time adversário. E até que possamos celebrar a igualdade de condições, continuaremos encarando nossos adversários um por um, afinal, é como dizem: a melhor defesa é o ataque.

 

 

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